Em novembro de 2024, a inflação para famílias de renda muito baixa registrou uma significativa desaceleração, caindo de 0,75% em outubro para 0,26%. Essa redução foi impulsionada principalmente pela queda de 6,3% nas tarifas de energia elétrica, proporcionando alívio nas despesas domésticas dessas famílias.
Apesar desse alívio, o grupo “Alimentação e Bebidas” continuou a exercer pressão inflacionária, especialmente devido ao aumento nos preços de carnes (8%), aves e ovos (1,4%), óleo de soja (11%) e café (2,3%). Esses itens representam uma parcela significativa do orçamento das famílias de menor renda, tornando-as mais vulneráveis às variações de preços nesses produtos essenciais.
No acumulado de 12 meses, as famílias de renda muito baixa apresentaram uma taxa de inflação de 5,08%, a mais elevada entre as faixas de renda. Em contrapartida, as famílias de renda alta registraram a menor taxa, de 4,50%. Esses dados ressaltam a importância de políticas públicas focadas em mitigar os impactos da inflação sobre as populações mais vulneráveis, garantindo maior estabilidade econômica e bem-estar social.