O que aconteceria se você abrisse a porta do avião no meio do voo?

Abrir a porta de um avião durante o voo é uma ideia intrigante, mas completamente inviável. No entanto, compreender as dinâmicas e as consequências dessa situação ajuda a esclarecer mitos e curiosidades sobre a segurança aérea

Neste artigo, vamos explorar os motivos pelos quais não é possível abrir a porta e o que aconteceria se ela fosse em pleno voo.

Imagem gerada por inteligência artificial (Grok)/ Crédito: Olhar Digital

O que aconteceria se você abrisse a porta do avião no meio do voo?

Quando uma aeronave está em grandes altitudes, ela opera em um ambiente pressurizado. Isso significa que a pressão do ar dentro do avião é significativamente maior do que a pressão externa. Esse processo é essencial porque, em grandes altitudes, o ar é rarefeito, extremamente frio e com baixos níveis de oxigênio.

Para garantir o conforto e a segurança dos passageiros, a pressão dentro da cabine se mantém em níveis próximos aos encontrados no solo.

Por que é impossível abrir a porta?

É impossível abrir a porta de um avião durante o voo por vários fatores de segurança. Primeiro, a pressurização da cabine cria uma diferença de pressão entre o interior e o exterior da aeronave, resultando em uma força equivalente a várias toneladas que “sela” as portas contra a fuselagem.

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Para abrir a porta, seria necessário exercer uma força descomunal, muito além da capacidade humana. Além disso, as portas possuem travas mecânicas e automáticas que impedem sua abertura durante o voo. Esses sistemas de travamento tem controle do piloto, que só libera as portas após o pouso. 

Por fim, o design das portas, com um formato cônico, garante que elas permaneçam firmemente encaixadas na estrutura da aeronave, aumentando ainda mais a segurança e dificultando sua abertura em pleno voo.

Quais seriam as consequências de abrir uma porta em voo (hipoteticamente falando)

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Caso fosse possível abrir uma porta em pleno voo, as consequências seriam extremamente graves. A despressurização causaria a liberação instantânea do ar, puxando objetos e pessoas próximas para fora, além de resultar na falta de oxigênio, o que causaria hipóxia e afetaria rapidamente os passageiros e a tripulação. 

A fuselagem do avião poderia sofrer danos estruturais devido à violenta diferença de pressão. Além disso, as temperaturas cairiam drasticamente, tornando o ambiente insuportável.

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Um caso extraordinário

Aloha Airlines Flight 243 – Lado esquerdo da fuselagem (Domínio Público)

Em 1988, um incidente com a Aloha Airlines destacou os riscos de descompressão explosiva. Parte do teto da aeronave foi arrancada, reforçando a importância do uso do cinto de segurança em todas as fases do voo.

Treinamento da tripulação

Embora a abertura de portas em voo seja tecnicamente impossível, incidentes envolvendo tentativas já ocorreram. Em geral, esses casos são causados por ataques de pânico ou comportamento inadequado de passageiros.

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Em situações de risco, os comissários têm treinamento para intervir rapidamente, podendo conter o indivíduo com amarras se necessário. Esse treinamento é parte do protocolo de segurança que garante a proteção de todos a bordo.

Vulnerabilidade das janelas

Embora as portas sejam praticamente invulneráveis, as janelas representam um ponto mais frágil. Caso uma janela seja violada, a diferença de pressão também resultaria em uma sucção instantânea, com graves consequências.

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