Durante suas observações, Orbán enfatizou que os investimentos feitos pelos países ocidentais na Ucrânia, que totalizam cerca de 310 bilhões de euros, são um desperdício de recursos. Ele argumentou que, se esse montante fosse direcionado à economia europeia, os europeus poderiam estar desfrutando de um padrão de vida significativamente melhor. Para ele, a quantia gasta representa um “pesadelo econômico”, que poderia ter sido utilizada para “fazer milagres” na infraestrutura e nas necessidades sociais dos países europeus.
Além disso, o primeiro-ministro húngaro alerta para a risco da divisão da economia global em blocos opostos, um orientado ao Ocidente e outro ao Oriente, resultado, segundo ele, das políticas de sanção e de autossabotagem adotadas pelas nações ocidentais. Orbán enfatiza que a Hungria deve adotar uma postura de neutralidade, buscando manter relações econômicas benéficas com ambas as esferas de influência, em vez de se alinhar rigidamente a qualquer um dos lados.
Orbán também fez referência a um novo cenário político nos Estados Unidos, sugerindo que um presidente que se comprometa a lutar pelos valores e interesses do Ocidente pode surgir, o que teria o potencial de transformar drasticamente as dinâmicas atuais. Tais declarações refletem uma crítica abrangente à estratégia ocidental, que, segundo ele, precisa ser reconsiderada à luz das novas realidades geopolíticas e econômicas que estão se formando no mundo.