O acordo, que facilita a exportação de produtos da agropecuária brasileira para a União Europeia, representa uma oportunidade para o aumento das exportações e um possível crescimento do parque industrial nacional. O deputado Celso Russomanno, vice-presidente do Parlamento do Mercosul (Parlasul), enfatizou a importância do acordo para a região.
Ao mesmo tempo, as negociações foram marcadas por obstáculos ao longo de 25 anos, especialmente devido à resistência dos agricultores europeus. A oposição dos sindicatos, principalmente os franceses, refletiu o medo de não conseguirem competir com a produção e os preços do Mercosul.
O acordo prevê cotas de exportação com redução tarifária em produtos específicos, como carne bovina e etanol. Essas cotas foram estabelecidas para minimizar os impactos nas indústrias locais de ambos os blocos. Além disso, condições especiais foram negociadas para a retirada da tributação na área automotiva.
Com a união de aproximadamente 718 milhões de pessoas e um Produto Interno Bruto de US$ 22 trilhões de dólares, Mercosul e União Europeia representam grandes potenciais comerciais. No entanto, mesmo com as resistências enfrentadas durante as negociações, Russomanno acredita que o avanço da China sobre os mercados mundiais tenha contribuído para a decisão da União Europeia.
Portanto, a ratificação do acordo comercial entre União Europeia e Mercosul promete trazer benefícios econômicos e abrir novas oportunidades para o comércio internacional, fortalecendo as relações comerciais entre os dois blocos.