O crítico Jacques Mandelbaum, do Le Monde, atribuiu apenas uma estrela à produção, em uma escala que vai até quatro. Em sua análise, Mandelbaum apontou a focalização melodramática em Eunice Paiva como uma escolha equivocada, que teria prejudicado a abordagem do mecanismo totalitário presente na trama. Além disso, o crítico não poupou críticas à atuação de Fernanda Torres, descrevendo-a como “passavelmente monocórdia”.
Essa visão negativa contrasta com outras análises de veículos franceses, como a revista Le Nouvel Obs, que elogiou o filme como a melhor obra de Walter Salles, destacando sua abordagem sóbria e intimista, permeada pelos fantasmas dos desaparecidos.
Vale ressaltar que “Ainda Estou Aqui” enfrenta a concorrência do filme francês “Emilia Pérez” na corrida pelo Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. O projeto de Jacques Audiard teve destaque no Globo de Ouro, vencendo na categoria de Melhor Filme em Língua Não Inglesa.
A divergência de opiniões em relação a “Ainda Estou Aqui” evidencia a subjetividade da crítica cinematográfica e a variedade de interpretações que uma obra pode suscitar. As opiniões dos críticos certamente gerarão debates e reflexões no meio cinematográfico internacional, enquanto o filme continua sua jornada rumo ao prestigioso prêmio do Oscar.