Pela manhã, o dólar chegou a se aproximar dos R$ 6,10, o que levou o Banco Central (BC) a realizar um leilão extraordinário da moeda no mercado à vista. Nesse leilão, foram vendidos US$ 1,63 bilhão, configurando a maior intervenção feita pelo BC desde 2020. A medida conseguiu fazer a cotação recuar para a casa dos R$ 6,04, porém, ao longo do dia, a moeda voltou a subir.
O mercado financeiro continua atento às movimentações do governo federal, aguardando a aprovação do corte de gastos. Um relatório de projeções fiscais divulgado hoje indicou a necessidade de um incremento de receita de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB) para atingir o déficit zero em 2025.
Para amanhã (17/12), os investidores aguardam a última reunião do Copom e do Federal Reserve (Fed) para definição das novas taxas de juros americanas. Espera-se um corte de 0,25 ponto percentual nas taxas americanas. Além disso, as declarações do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, elevaram as preocupações do mercado, com o Brasil sendo mencionado como possível alvo de retaliações tarifárias.
Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice de ações da bolsa, operava próximo à estabilidade, refletindo a baixa liquidez nos negócios do dia. O economista Fabio Louzada ressaltou as preocupações com o corte fiscal, indicando um cenário de alta nas taxas de juros e de inflação para os próximos anos.
A curva de juros registrou novas máximas, com taxas elevadas e incertezas sobre a situação econômica do país. O mercado segue atento às movimentações do governo e reage de forma reativa às notícias que impactam as projeções para a economia brasileira. A expectativa é de um cenário de volatilidade nos próximos dias, com os investidores posicionando-se cautelosamente diante das incertezas do cenário econômico nacional e internacional.