Olaf Scholz assumiu o poder em dezembro de 2021, após uma coalizão inédita formada pelo seu partido, o Partido Social Democrata (SPD), os Verdes e o Partido Liberal Democrático (FDP). Ao longo de seus três anos no governo, Scholz enfrentou desafios como a pandemia, a guerra na Ucrânia e a crise econômica, além de dificuldades na coalizão para aprovar projetos e leis.
O rompimento da coalizão veio com a saída ruidosa do FDP do governo, o que levou à convocação da votação de confiança e à derrota de Scholz. Agora, as pesquisas indicam que os conservadores da União Democrata Cristã (CDU) podem voltar ao poder, com Friedrich Merz como favorito para se tornar o próximo chanceler federal. No entanto, a formação de uma coalizão está longe de ser garantida, e o cenário político alemão permanece incerto.
Os debates pré-votação foram marcados por trocas de acusações entre os líderes dos principais partidos. Scholz defendeu seu legado e criticou seu ex-aliado Lindner, enquanto Merz acusou o chanceler de “hipocrisia” e Habeck dos Verdes criticou os governos anteriores. A AfD, partido de ultradireita, aproveitou o debate para fazer críticas aos líderes tradicionais.
Com a convocação de novas eleições, a campanha eleitoral na Alemanha está prestes a começar oficialmente. As pesquisas indicam uma vantagem para a CDU, mas a formação de uma coalizão será essencial para garantir a governabilidade. Enquanto o SPD e o FDP enfrentam a possibilidade de encolhimento, partidos antissistema como a AfD podem conquistar mais espaço no Bundestag.
A partir da dissolução do Parlamento, o presidente federal tem 21 dias para convocar as novas eleições, que devem ocorrer em 23 de fevereiro. O cenário político alemão está passando por mudanças significativas, e o resultado das eleições federais antecipadas será crucial para o futuro do país.