Mensagens de policial indicam benefícios financeiros da cúpula da Polícia Civil com traficante ligado ao PCC, revela investigação da PF.

As mensagens enviadas pelo policial civil Valdenir Paulo de Almeida, mais conhecido como Xixo, e apreendidas pela Polícia Federal, revelam indícios de que a cúpula da Polícia Civil de São Paulo estava se beneficiando financeiramente do traficante Anselmo Santa Fausta, o Cara Preta, ligado ao PCC. Em uma das mensagens, Xixo menciona que “quebraram o cofrinho” e que a Delegacia Geral da Polícia Civil ficaria triste com a morte de Cara Preta em 2021.

No decorrer das investigações, Xixo foi preso sob suspeita de ter recebido R$ 800 mil do PCC. Ele foi delatado pelo empresário Vinícius Gritzbach, que foi assassinado em novembro deste ano no aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo. Gritzbach afirmou que alguns policiais estavam envolvidos em suborno para interromper investigações contra o PCC, vazar informações sobre operações policiais para a facção e praticar lavagem de dinheiro com a compra de imóveis.

O empresário também relatou que durante as negociações de sua delação, investigadores do caso pediram R$ 40 milhões para excluí-lo da lista de indiciados. Além disso, Gritzbach mencionou o sumiço de bens apreendidos, como relógios de luxo, que teriam sido desviados por policiais corruptos.

Essas revelações têm causado um grande impacto na Polícia Civil de São Paulo, levantando questões sobre a integridade e a conduta ética dos agentes envolvidos. O caso evidencia a necessidade de uma investigação rigorosa e transparente para garantir a justiça e a segurança da população. Os desdobramentos dessas denúncias ainda são aguardados para esclarecer o envolvimento de outros agentes e possíveis ramificações do esquema de corrupção no órgão policial.