Capital

Casos de metanol fazem cair em 50% o consumo de destilados em Alagoas

Por Redação com Gazeta de Alagoas
Publicado em 11/10/2025 às 13:08
Casos de metanol fazem cair em 50% o consumo de destilados em Alagoas

O temor da contaminação por metanol em bebidas destiladas já causa um impacto direto no setor de bares e restaurantes de Alagoas. Empresários relatam uma queda de até 50% no consumo de destilados, como vodca e gim, forçando os estabelecimentos a adotarem novas estratégias para contornar a crise.

Segundo Marcus Batalha, presidente da Abrasel-AL, embora o faturamento geral não tenha sofrido um impacto severo, houve uma clara "migração de consumo". "A comissão de destilados diminuiu, mas os clientes escolhem cerveja, vinho, por exemplo. O movimento continuou", explica. A entidade orienta empresários a comprarem de distribuidores confiáveis, exigirem nota fiscal e, principalmente, verificarem o selo IPI, que garante a procedência do produto.

Para negócios especializados em coquetelaria, o desafio é maior. Dalton Passos, do bar ITSY Drinks, confirma a redução de 50% e afirma que a saída tem sido ampliar a oferta de bebidas não envolvidas na problemática, como vinhos, espumantes e cachaças. "Os clientes precisam se sentir seguros. A falta de um diagnóstico preciso do problema causa temor", pontua.

No setor de distribuição, a Menezão Bebidas também sentiu a retração, principalmente nos primeiros dias. A diretora Larissa Gleiss garante que a empresa adota um rigoroso controle de origem. "Nós só recebemos cargas de distribuidores autorizados pela própria indústria. Verificamos os lacres e, até o momento, não tivemos nenhuma reclamação", assegura.

Enquanto o setor se adapta, a Abrasel cobra dos órgãos públicos a intensificação das fiscalizações para que o fornecimento seja normalizado e a confiança do consumidor, restaurada.