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Alerta! Resolução exige químico responsável por tratamento de água em condomínios e academias

Por Redação
Publicado em 06/10/2025 às 07:00
Alerta!  Resolução exige químico responsável por tratamento de água em condomínios e academias

A piscina do seu condomínio, do clube ou da academia que você frequenta é um dos locais preferidos para o lazer e a prática de esportes, mas ela esconde riscos que vão muito além do afogamento. Você sabia que, por lei, o tratamento químico da água desses locais deve ser supervisionado por um profissional da química? A exigência, muitas vezes negligenciada, é fundamental para garantir a saúde dos banhistas.

A determinação consta na Resolução Normativa nº 332 do Conselho Federal de Química (CFQ), de Julho deste ano. A regra estabelece que o tratamento de água de piscinas de uso coletivo é uma atividade que envolve a manipulação de produtos químicos e, portanto, exige uma "assinatura técnica" de um Responsável Técnico (RT) habilitado e registrado no Conselho Regional de Química (CRQ).

Por que a exigência? Os Riscos à Saúde

O tratamento inadequado da água de uma piscina pode transformar o lazer em um pesadelo. A falta de um profissional qualificado para orientar o processo pode resultar em:

  • Dosagem errada de cloro: Pouco cloro não elimina bactérias, vírus e fungos, podendo causar micoses, conjuntivite, otite e doenças gastrointestinais. Excesso de cloro pode provocar irritações graves na pele, nos olhos e problemas respiratórios.

  • pH desregulado: Uma água com pH incorreto, além de causar desconforto aos banhistas, torna o cloro ineficaz, mesmo que ele esteja na quantidade certa.

  • Manipulação perigosa: Os produtos químicos para tratamento de piscinas são concentrados e perigosos. A mistura incorreta pode gerar gases tóxicos e reações perigosas para o operador.

A Prática em Maceió: Síndicos já se Adequam

Em Maceió, síndicos profissionais que prezam pela segurança e pelo cumprimento da legislação já estão se movimentando. É o caso de Rodolfo Moura, síndico profissional responsável pela gestão de diversos condomínios comerciais e residenciais na capital. Ele destaca que a contratação de um químico como Responsável Técnico é uma medida de responsabilidade e prevenção.

"A contratação do químico não pode ser vista como um custo, mas como um investimento na saúde e na segurança dos moradores. Além de cumprir a legislação e evitar multas, estamos garantindo que a água da piscina seja um local de lazer seguro, livre de riscos. É uma tranquilidade para a gestão e para quem usa o espaço", afirma Moura.

O Papel do Químico e a Fiscalização em Alagoas

O Responsável Técnico não precisa estar presente todos os dias. Sua função é elaborar um plano de tratamento, treinar o operador da piscina ("piscineiro"), supervisionar o processo, garantir a qualidade da água através de análises e ser o responsável legal pela segurança química do local.

Em Alagoas, a fiscalização do cumprimento da Resolução nº 332 é de responsabilidade do Conselho Regional de Química da 16ª Região (CRQ-16). Condomínios, clubes, hotéis e academias que não estiverem adequados à norma estão sujeitos a multas e outras sanções