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Genro que assassinou sogra e escondeu corpo em geladeira é condenado a 31 anos de prisão

Por TNH1
Publicado em 21/10/2025 às 07:12
Genro que assassinou sogra e escondeu corpo em geladeira é condenado a 31 anos de prisão

Acusado de assassinar a sogra com 20 facadas e esconder o corpo em uma geladeira, Leandro dos Santos Araújo, de 23 anos, foi condenado a 31 anos, cinco meses e cinco dias de prisão em regime fechado. O júri popular se encerrou na noite desta segunda-feira, 20, e foi conduzido pelo titular da 9ª Vara Criminal da Capital, Geraldo Amorim.

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pai do réu, Ademir da Silva Araújo, também foi julgado por ocultação de cadáver, pois ajudou o filho na remoção do corpo da vítima. No entanto, ele foi absolvido da acusação, uma vez que o conselho de sentença entendeu que, como pai, queria apenas ajudar e proteger o filho.

Flávia dos Santos Carneiros foi morta no dia 1º de março de 2024. O corpo dela foi encontrado no dia 5 do mesmo mês, dentro de uma geladeira, em uma área de mata, em Cruz das Almas, bairro litorâneo da capital.

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O que Leandro disse no depoimento

Durante o julgamento, Leandro afirmou que se arrepende do crime e que agiu por impulso ao "tentar se defender". "Eu ouvi o barulho do faqueiro e só deu tempo de me defender. Quem me conhece sabe do meu coração. Foi no impulso, de cabeça quente. [...] Eu me arrependo muito. Eu sou uma boa pessoa. Eu errei e assumo o meu erro. Se eu ouvisse mais a minha mãe... [talvez não tivesse acontecido]".

O réu voltou a assumir a autoria do assassinato. Disse que ele pagava o aluguel da casa e chegou a morar lá com a adolescente, o cunhado e a sogra. Falou que, naquele dia, a adolescente pediu para ele buscá-la no colégio.

O juiz Geraldo Amorim chegou a mostrar as fotos do estado em que a vítima ficou. Os familiares presentes choraram nesse momento.

Leandro afirmou no depoimento que o pai, Ademir da Silva Araújo, foi quem tirou os compartimentos da geladeira, onde o corpo foi ocultado. Leandro deu versões também sobre o fretista que denunciou o caso à polícia e respondeu sobre a 'macumba na geladeira'.

O depoimento do pai

O juiz perguntou a Ademir se ele entrou no carro com o filho, ele disse que sim e respondeu que levariam a geladeira para a casa do irmão da vítima. Ademir contradisse ainda a afirmação do filho sobre o fretista. "Ele não sabia [que tinha um corpo]. Foi o meu filho que falou da macumba".

Ademir disse ainda que não tinha conhecimento sobre o que tinha dentro da geladeira até o momento em que depôs na polícia. "Entrei no carro. A gente ia deixar a geladeira na casa do irmão da vítima, mas não deixamos para descartar. Ajudei a pegar a geladeira e peguei a parte mais pesada. A gente arremessou a geladeira. Não perguntei ao meu filho o que estava dentro. Descobri no depoimento".

Descoberta do caso

O crime foi descoberto após um motorista de transporte por frete denunciar que havia levado pai e filho até a área de mata, em Guaxuma, onde uma geladeira foi jogada em uma ribanceira com um corpo dentro.

A testemunha relatou à polícia que havia sido contratada em uma noite para fazer a mudança entre dois endereços no Jacintinho.

Já na manhã seguinte, o condutor de serviços de frete foi novamente procurado pelo homem que o contratou, desta vez para levar uma geladeira até o bairro do Benedito Bentes. Porém, os dois acusados desistiram e resolveram abandonar a geladeira.

A filha da vítima confessou participação no assassinato da mãe e disse que ela foi morta pelo casal no dia 1º de março daquele ano. Dias antes do crime, eles teriam alugado uma casa no Benedito Bentes, onde foram dormir juntos logo após o assassinato.

O pai de Leandro não teria participado da morte, porém teria conhecimento do crime e ajudado o filho a descartar a geladeira na região de mata.

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